sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Bloco da Mulher Madura mantém rima e superficialidade

“Mais de 70% das mulheres acima de 50 anos não usam camisinha”. Com este título, o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria Especial de Politicas para as Mulheres da Presidência da República iniciam o press release sobre o “Bloco da Mulher Madura”, tema da campanha do carnaval 2009 lançada na manhã desta sexta-feira (13) na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. Segundo o material, os dados fazem parte de pesquisa do MS realizada no ano passado. O objetivo é sensibilizar os 72% de mulheres acima dos 50 anos que não usam preservativo nas relações sexuais casuais.



Se a intenção é boa, a realização deixa a desejar. Quando tive oportunidade de expressar minha opinião sobre a campanha do Dia Mundial de Luta contra a AIDS, calcada no “Clube dos Enta”, fui classificado de mau-humorado pra baixo. Chegaram a dizer que eu não havia gostado porque não compunha mais o GT de Comunicação do Programa Nacional de DST/AIDS etc.

Na avaliação que fiz, disse que a campanha parecia ter sido feita para o carnaval e não para o Dia Mundial, que segundo meu ponto de vista é uma data para celebrar – e não comemorar – a memória das vítimas da AIDS. Hoje, com o lançamento da campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e do HIV para o carnaval de 2009, ratifico meus comentários.

Mudou a presidenta do “Clube dos Enta” e entrou a compostura do “Bloco da Mulher Madura”, o que significa que tanto um vídeo quanto o outro poderiam ser exibidos em quaisquer das únicas datas nas quais as campanhas oficiais são veiculadas.

Como ao contrário da minha avaliação o “Clube dos Enta” foi bem recebido, espero que o “Bloco da Mulher Madura” tenha recepção ainda melhor, maior e que tanto homens quanto mulheres, acima e abaixo dos 50 anos, tenham em mente que o HIV é democrático, pois não escolhe idade, orientação sexual e, muito menos rima.

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