quarta-feira, 5 de março de 2008

Bareback precisa resposta contundente

Pode ser excitante ver uma cena de sexo explícito num filme pornô gay no qual os atores não usam camisinha. Mas, gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros (GLBT) precisam responder ao que a indústria do bareback vem promovendo no incentivo a práticas de sexo desprotegido. E a reação tem de ser contundente.
As notícias divulgadas hoje pela BBC trazem à tona uma prática que já têm adeptos no Brasil. E vem a reboque das informações difundidas na semana passada, na qual jovens estariam ingerindo antiretrovirais (ARV) antes (Época) e depois (Revista da Semana) de baladas sexuais desprotegidas.

Na Internet, centenas de sites gays distribuem gratuitamente trechos de cenas com atores fazendo sexo sem camisinha. As íntegras das cenas e até os filmes inteiros estão disponíveis on demand.

A prática do bareback, que literalmente significa cavalgar sem sela, tornou-se sinônimo de fazer sexo sem camisinha a partir da segunda metade da década de 1990. Surgida entre a comunidade gay norte-americana que não viu as vítimas da aids pré-coquetel de
ARV, virou ideologia de rebeldes sem causa.
No Brasil, o Ministério da Saúde garante que pessoas que tiveram relações desprotegidas tenham acesso aos
ARV. Mas precisa prescrição e acompanhamento médico. Essa diretriz não pode e não deve ser banalizada assim, pela irresponsabilidade de alguns poucos, sejam homo ou heterossexuais.

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