quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Febre amarela: sob controle?

Primeiro foi a dengue, que depois de erradicada voltou com força total no final dos anos 1980. Agora, a febre amarela, erradicada em 1942. Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira, 9 de janeiro, revelam que o vírus da doença tem se manifestado em seres humanos nas áreas endêmicas e de transição com mais freqüência desde 1996.
Dos 349 casos da doença notificados entre 1996 e 2007, houve 161 óbitos, ou 46% de mortes. Entre os seis casos registrados no ano passado, cinco mortes; 83%. O pior aconteceu nos anos de 2005 e 2006. Dos cinco casos nestes dois anos, cinco mortes.
Endêmica ou epidêmica, o fato é que a febre amarela tem sido negligenciada pelos meios de comunicação, cuja função é informar a sociedade.
Mas, para além da negligência, o importante é que todas as pessoas tomem a vacina, exceto aquelas para as quais o antídoto é contra-indicado:
  • Portadores de imunodepressão transitória ou permanente, induzida por doenças (neoplasias, aids e infecção pelo HIV com comprometimento da imunidade) ou pelo tratamento (drogas imunossupressoras acima de 2 mg/kg/dia por mais de duas semanas, radioterapia etc.);
  • Crianças com menos de 6 meses de idade;
  • Gestação em qualquer fase constitui contra-indicação relativa a ser analisada para cada caso na vigência de surtos;
  • Reações anafiláticas relacionadas a ovo de galinha e seus derivados ou outras substâncias presentes na vacina constituem contra-indicação.
Ressalvam-se as PVHA “que se desloquem para áreas de risco de transmissão de febre amarela, há indicação da vacinação levando-se em conta a contagem de CD4 e carga viral. Ou seja, é necessário avaliar o quadro junto a um médico.”
Para tentar responder a pergunta que intitula este post, nem de longe a febre amarela está sob controle. Porque além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.

Um comentário:

Ju disse...

Infelizmente trata-se de doença de paíse pobres. Não há investimento pesado em pesquisa para erradicar o mal.